quinta-feira, 30 de abril de 2009

ARTE COMO CULTURA


A Arte é um conjunto de procedimentos utilizados para a realização de obras, em que aplicamos os conhecimentos que obtivemos.
A Arte nos obriga a discutir os posicionamentos artísticos e socio-culturais.
A Arte apresenta-se sob diferentes formas e técnicas. A Arte interfere em nosso desenvolvimento e recebe influências do entorno.
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas.Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais didática.
fonte:www.historiadaarte.com.br




ARTE NO BRASIL


Semana de Arte Moderna


O ambiente dividia-se entre uma tendência retrógrada fiel ao academismo, e outro setor cuja insatisfação e irritação contra o estado estagnante de coisas se expressava em termos contudentes.

O grupo de insatisfeitos eram intelectuais, muitos educados na Europa, atualizados com as correntes da vanguarda européia da época, como o Expressionismo, o Futurismo e o Cubismo. Do grupo faziam parte os escritores/poetas Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, e Mário de Andrade, e Victor Brecheret na escultura, além de alguns outros.
O estopim para a realização da Semana foi a celeuma surgida em torno da exposição de Anita Malfatti em 1917. Atacada por Monteiro Lobato no artigo "Paranóia ou Mistificação?". O grupo modernista de imediato se reuniu em defesa de Anita, e a polêmica estava declarada.


A mostra de pintura passou quase despercebida pela imprensa e crítica, devido aos ataque direcionados aos artista descontentes. Mas o que de fato importa é a comoção que o evento surtiu no ambiente da arte paulistana e logo da brasileira. O espírito de ruptura e revolução era claro a todos, mas não havia uma unidade realmente coesa de idéias e propostas. No Movimento Pau-Brasil de 1924, um nacionalismo emergiu nas consciências e serviu como ponto focalizador dos avanços.


Neste momento surge Tarsila do Amaral com uma obra originalíssima que já metabolizara a influência direta do estrangeiro, como em A Negra e A Caipirinha. Di Cavalcanti começava a abordar o tema das mulatas. Outros movimentos se sucederam, como a Antropofagia, nascido a partir da tela Abaporu (1928), também de Tarsila. Daí em diante pouca unidade real poderia ser esperada em termos de estilo ou de proposta estética de um universo formado por artistas de matrizes tão diversas.
























Um pouco mais adiante reuniu-se o Grupo Santa Helena, formado basicamente por amadores, pintores de parede, açougueiros, ferreiros, proletários que se dedicavam à pintura de cavalete nas horas vagas. Dentre este grupo humilde sairiam alguns dos nomes mais notáveis da arte brasileira da época: Rebolo, Bonadei, Mário Zanini, Clóvis Graciano e sobretudo Alfredo Volpi.


Iniciativa marcante foi a realização em 1947 da mostra do Grupo dos 19, onde participaram entre outros Flávio Shiró, Maria Leontina, Luís Sacilotto, Aldemir Martins e Mário Gruber, de variadas origens e formações, mas marcados pelo Expressionismo do pós-guerra.